terça-feira, 25 de novembro de 2014

José Vivanco Solano - Herói Brasileiro.

Nesta última sexta-feira, 26 (setembro, 2014), estava eu na Beneficência Portuguesa, atendido por uma gentil recepcionista, com o objetivo de marcação de um exame ecocardiográfico, quando, ao ouvir o meu nome, ela se mostrou surpresa e sussurrou: --“Vivanco Solano, eu moro numa rua com esse nome...”.  Eu, então, informei: --“José Vivanco Solano, no Parque Novo Mundo... é o nome de meu tio, irmão de meu pai”. Interessante observar a reação das pessoas. A minha interlocutora pareceu que estava falando com uma celebridade, por eu ser parente daquele que dava nome a rua em que morou...  Eu, então, expliquei. Trata-se de um Expedicionário que marchou junto aos Voluntários da Pátria na formação do primeiro Esquadrão de brasileiros que foram se juntar as forças armadas que combatiam na Europa contra o Nazismo. E, ao morrer, depois de participar das campanhas heroicas em que a FEB - Força Expedicionária Brasileira  se destacou na tomada de Monte Castelo e outros pontos estratégicos para a vitória das forças aliadas, IN MEMORIAM recebeu várias homenagens póstumas, como herói da Pátria. Veio-me, então, a lembrança de mais um daqueles momentos que nos dão prazer e saudade e que são apropriados para que constem de nossas Rememórias. Lembro-me, apesar da tenra idade (tinha eu pouco mais de 3 anos), da última vez em que vi o meu tio. Ele tinha se alistado no 6º Batalhão de Infantaria - também conhecido como Regimento Ipiranga - localizado em Caçapava (SP), e que se constituiu no primeiro Esquadrão a embarcar para o campo de batalha, e viera a casa de meus pais para a despedida. Tiramos algumas fotos, principalmente uma em que eu me encontro sobre seu ombro, e eu tenho a nítida lembrança dele vir se despedir de mim quando eu brincava em meu velocípede, na calçada da rua. Lindo, jovem, galhardamente vestido na farda verde da Infantaria do Exército Brasileiro. Lembro que meu pai, irmão mais velho dos cinco irmãos, sendo aquele o caçula e não tinha ainda vinte anos quando se alistou,  não se  conformava com o fato dele ir para guerra. Segundo minha mãe contava aos familiares, meu pai, desesperado, queria provocar a decepação de um dedo do meu tio, aquele apropriado para puxar o gatilho, e forçar sua dispensa. Minha mãe não concordou e  impediu que ele assim fizesse. Não podemos dizer o que foi melhor, pois o destino traçado para as pessoas é indecifrável. Sua morte, por ironia do destino, foi acidental. Após participar das vitórias brasileiras, que ocorreram em setembro de 1944, com a tomada das localidades de Massarosa, Camaiore e Monte Prano, e até o início do ano seguinte, da conquista de Monte Castelo e Castelnuovo, no dia 16 de março de 1945, quando faziam a limpeza do campo conquistado em Castelnuovo, sofreu um acidente, provocado por um disparo feito por um companheiro de armas, Expedicionário Lellis, que manuseava uma automática “Mauser” retirada de um oficial alemão aprisionado ou abatido, então. Hoje, além da rua mencionada acima, no Parque Novo Mundo, meu tio foi homeageado com a dação de seu nome a uma rua em Sertãozinho, sua cidade natal, e outra em Ribeirão Preto, onde passou toda sua juventude. Ainda em Ribeirão Preto, existe um Museu da II Guerra Mundial “José Vivanco Solano”, que guarda objetos, documentos e peças de vestuário de brasileiros que lutaram pela Força Brasileira na II Guerra Mundial, um dos fatos históricos mais importantes do século XX. O museu foi fundado em 1988 e está localizado a Rua da Liberdade, 182, aberto a visitação pública de 2ª. A 5ª. feira das 8h as 14h30. Remexendo nos pertences que se encontravam com ele, reenviados ao meu pai quando da comunicação de seu falecimento, encontrei uma carta, que foi escrita pelo meu tio em 22-1-1945, ou cerca de 2 (dois) meses antes do trágico acidente, dirigido ao meu pai e onde destaco a seguinte passagem: “Jacob como vai Tita, e os meus dois sobrinhos? Diga ao Genesio que Tio Zeca não foi com o Papai Noel porque não coube no saco, mas que irei”. São essas as rememórias que marcam nossa vida, e nos fazem refletir a respeito.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A REVOLUÇÃO AZUL CONTRA O COMUNO-LULO-PETISMO.

Estamos em época de eleições. Mas não uma eleição qualquer. Está é uma eleição especial, um marco na Revolução que nos devolverá o Estado Democrático de Direito, em face da experiência Socialista Comunista do LuloPetismo Bolivariano. A respeitada colunista do Estadão, Dora Kramer, diante da afirmação feita por Lula de que a "a alternância do poder faz mal à democracia brasileira", em sua coluna de hoje (22/10/2014) nos remete a um texto que publicou em 07 de setembro de 2010, e nos convida a reflexão "a respeito da história recente".


Peço licença, portanto, para transcrevê-lo na íntegra:


-- "Só porque é popular uma pessoa pode escarnecer de todos, ignorar a lei, zombar da Justiça, enaltecer notórios ditadores, tomar para si a realização alheia, mentir e nunca dar um passo que não seja em proveito próprio?
      Um artista não poderia fazer, sequer ousaria fazer isso, pois a condenação da sociedade seria o começo do seu fim. Um político tampouco ousaria abrir tanto a guarda.  A menos que tivesse respaldo, que só revelasse sua verdadeira face lentamente e ao mesmo tempo cooptasse os que poderiam repreendê-lo tornando-os dependentes de seus projetos dos quais aos poucos se alijariam os críticos por intimidação ou cansaço.
      A base de tudo seria a condescendência dos setores pensantes e falantes; oponentes tíbios, erráticos, excessivamente confiantes diante do adversário atrevido, eivado por ambições pessoais e sem direito a contar com aquele consenso benevolente que é de uso exclusivo dos representantes dos fracos, oprimidos e assim nominados ignorantes.
     O ambiente em que o residente Luiz Inácio da Silva criou o personagem sem freios que faz o que bem entende e a quem tudo é permitido - abuso do poder, usar indevidamente a máquina pública, insultar, desmoralizar - sem que ninguém consiga lhe impor poaradeiro, não foi criado da noite para o dia.  Não é fruto de ato discricionário, não nasceu por geração espontânea nem se desenvolveu por obra da fragilidade da oposição.
     Esse ambiente é fruto de uma criação coletiva. Produto da tolerância dos informados que puseram seus atributos e respectivos instrumentos à disposição do deslumbramento, da bajulação e da opção pela indulgência. Gente que tem vergonha de tudo, até de exigir que o presidente da República fale direito o idioma do País, mas não parece se importar de lidar com quem não tem pudor algum.
     Da esperteza dos autos do atraso e dos trapaceiros da política que viram nessa aliança uma janela de oportunidade.  A salvação que os tiraria do aperto em que estavam já caminhando para o ostracismo. Foram ressuscitados e por isso estão gratos.
     Da ambição dos que vendem suas convicções (quando as têm) em troca de verbas do Estado.
     Da covardia dos que se calam com medo das patrulhas.
     Do despeito dos ressentidos.
     Do complexo de culpa dos mal resolvidos.
     Da torpeza dos oportunistas.
     Da superioridade dos cínicos.
     Da falsa isenção dos preguiçosos.
     Da preguiça dos irresponsáveis.
     Lula não teria ido tão longe com a construção desse personagem que hoje assombra e indigna muitos dos que lhe faziam a corte não fosse a permissividade geral.  Se não conseguir eleger a sucessora não dceixará o próximo governo governar.  Importante pontuar que só fará isso se o País deixar que faça; assim como deixou que se tornasse esse ser que extrapola".
  
     Acredito que aprendemos, pois não foi levada em consideração essa advertência em 2.010, e o "poste", ou melhor, o boneco do ventríloquo Lula foi eleito, dando continuidade ao aparelhamento do Estado em favor da ditadura vermelha do comunismo-petista, inspirada em Gramsci, ainda que parcialmente frustrada.


     Agora, não podemos nos dispersar. O movimento cristão-social-democrático há de reabilitar o nosso Estado Democrático de Direito através do voto contrário ao que se instalou no Estado, deixando de sermos covardes e preguiçosos ou acomodados. A Revolução Azul e da Esperança está em marcha. Avante! Até a vitória em 26 de outubro próximo.



terça-feira, 26 de agosto de 2014

Caramba! Com o tempo não se brinca...

Caramba, com o tempo não se brinca. Deixei de utilizar esta via de comunicação, pela rede, por ter sido envolvido pelos amigos no Facebook. E não é que não vi o tempo passar!? A última postagem, aqui, foi em 2012! Lá se vão dois anos... Mas, parece, nada mudou. Ah! Mudou, sim. Os "mensaleiros" foram julgados e condenados, sendo que alguns deles ainda estão presos, apesar das mordomias. Mas, o Joaquim Barbosa não é mais o Presidente do Supremo Tribunal Federal e se teme pela manutenção deles a bordo do cativeiro oficial. Apesar disso, não diminuiu a onda de "malfeitos" e escândalos, sendo o principal, agora, o escândalo da Petrobrás, que pode agitar ainda mais o ambiente eleitoral que está esquentando. Hoje, aliás, tem debate, o primeiro, entre os "presidenciáveis", transmitido ao vivo pela TV BAND, e sua rede de comunicação. É a oportunidade de comparar o desempenho da nova candidata, MARINA SILVA, agora como protagonista da chapa do PSB, para aquilatar se ela é de fato uma candidata autentica, ou mero apêndice de uma coligação de esquerda, auxiliar do PT. Essa tal de Rede Sustentabilidade ainda não se sustenta por si. Logo,... Bem, diante desse quadro, e das novidades que se estão proliferando no noticiário político, social e jurídico, decidi voltar ao meu blog para tentar comentar o que tenho lido e ouvido, compartilhando com os amigos as surpresas, emoções e decepções do dia a dia. E melhor, para não sentir o tempo passar, e, se possível, contribuir para que ele conspire a nosso favor. Aproveito para uma análise do que se me ofereceu a reflexão logo pela manhã desta terça-feira, 26 de agosto de 2014. Trata-se de um artigo publicado na Revista "no mérito", da Associação dos Magistrados do Trabalho da 1ª Região - Rio de Janeiro, abordando a "Regulamentação da Terceirização de Serviços". Ele é assinado pelo Procurador-Chefe Substituto do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro, Dr. Fabio Goulart Villela. Faz ele uma abordagem crítica ao Projeto de Lei nº 4.330/2004 em trâmite no Congresso Nacional, que dispõe sobre o contrato de prestação de serviços e as relações de trabalho dele decorrentes. E o primeiro aspecto crítico que é alvo de seus comentários é a ausência, no projeto, de qualquer dispositivo que vede expressamente a intermediação de mão de obra, assim como a terceirização, em atividade-fim-da empresa tomadora dos serviços. A isso eu replico que não existe uma definição aceitável que determine o que seja, na prática, atividade-fim ou atividade-meio. Toda atividade é dirigida ao fim para a obtenção dos objetivos da empresa, portanto, toda atividade é meio para tanto! Lembro sempre a indústria automobilística, onde a construção de automóvel é a finalidade específica, mas ela é toda desenvolvida através de atividade de terceiros, resultando as chamadas fábricas de automóveis (Ford, Chevrolet, etc...) meras montadoras de automóveis. Afirma o articulista que "... a pratica da terceirização, adotada em larga escala pelo setor econômico, vem sendo utilizada como mecanismo de diminuição dos custos de produção, através da precarização das relações de trabalho, a fim de aumentar o potencial de competitividade da empresa tomadora dos serviços..." Ora, é evidente que é próprio da natureza de qualquer empresa a otimização do desempenho econômico com a minimização de custos, através de uma maior eficácia de sua administração. Não quer dizer que isso, por si, leve a precarização dos salários dos trabalhadores envolvidos. Tais trabalhadores, numa relação de trabalho regulamentado e atendida a livre iniciativa, deverão estar submetidos ao regime jurídico das empresas prestadoras de serviço, e no âmbito destas, deverão, por suas associações, sindicatos e membros do Poder Público, buscar a melhoria de suas condições. Entretanto, e de forma mais cômoda, os mesmos agentes públicos envolvidos, inclusive da Justiça do Trabalho, apenas pressionam as empresas chamadas "tomadoras" como se o trabalho do trabalhador fosse "tomado da" e não "contratado a" empresa prestadora de serviços (lícitos diga-se), para que não as contratem. Por isso, fazendo-se uma correção de rota, concordamos com o ilustre Procurador quando ele conclui: "... Por fim, cabe a todos nós, profissionais da seara trabalhista, engajarmos na luta em prol da aprovação de um diploma normativo que faça com que os terceirizados deixem de ser tratados como uma subcategoria de trabalhadores e passem a gozar dos mesmos direitos e garantias dispensados aos empregados em geral, como forma de se dar efetividade ao princípio isonômico nas relações de trabalho". E, concluo: Basta que se trate a relação jurídica entre empresa contratante, ou "tomadora", e a empresa contratada, ou "terceirizada", como um contrato de prestação de serviços entre duas empresas legítimas e idôneas, sendo cada qual submetida as normas gerais do direito do trabalho em relação aos seus empregados, que não se confundem entre si. E que os agentes públicos não busquem, unicamente, desqualificar essa relação, mas fiscalizar o devido cumprimento da lei que a rege.