PRINCÍPIOS E PRÁTICAS
A SEREM ADOTADOS PARA RECONHECIMENTO DE UMA EMPRESA CRISTÃ.
DOS PRINCÍPIOS CRISTÃOS:
VIDA CRISTÃ: - Os fiéis cristãos, membros de um organismo
vivo como é a empresa, não podem ficar arredios e pensar que fizeram seu dever
quando satisfizeram suas necessidades espirituais, apenas; cada dirigente deve
dar sua assistência àqueles que estão trabalhando para o aumento e propagação dos
ideais cristãos, na empresa (Princeps Pastorum – João XXIII).
- O mais fundamental erro moderno é o de imaginar que o senso natural do homem em matéria de religião não é nada mais que a consequência de sentimentos ou fantasias, a serem arrancados de sua alma como um anacronismo, como um obstáculo ao progresso humano. Mais, essa verdadeira necessidade de religião revela o homem pelo que ele é: um ser criado por Deus e tendendo sempre para Deus (Mater et Magistra – João XXIII).
- É necessário que os seres humanos, no íntimo de sua consciência, vivam e ajam em sua vida temporal para criar uma síntese entre elementos científicos, técnicos e profissionais de um lado, e valores espirituais, de outro (Pacem in Terris – João XXIII).
- O mais fundamental erro moderno é o de imaginar que o senso natural do homem em matéria de religião não é nada mais que a consequência de sentimentos ou fantasias, a serem arrancados de sua alma como um anacronismo, como um obstáculo ao progresso humano. Mais, essa verdadeira necessidade de religião revela o homem pelo que ele é: um ser criado por Deus e tendendo sempre para Deus (Mater et Magistra – João XXIII).
- É necessário que os seres humanos, no íntimo de sua consciência, vivam e ajam em sua vida temporal para criar uma síntese entre elementos científicos, técnicos e profissionais de um lado, e valores espirituais, de outro (Pacem in Terris – João XXIII).
HUMILDADE E POBREZA: - Todos são dignos de estima quando
fazem seu dever humildemente (João XXIII – Carta a Saverio).
- Posso ser pobre, mas pobreza, humildade e
felicidade são bem melhores que riqueza, orgulho, ambição e a procura do prazer
(idem, Carta a sua família).
- O que honra as nossas vidas não é a riqueza
ou a nobre posição, mas a nobreza dos princípios cristãos, corajosamente
professados com mansidão e humildade de coração, a capacidade de amar a Cruz, e
de considerar as coisas do mundo como preparação para a vida eterna. O resto
não vale nada (idem, Carta a Enrica).
SANTIDADE: - Devo lembrar-me de que é meu dever não somente
evitar o mal, mas também fazer o bem (João XXIII – Diário de uma Alma).
- Devemos suportar tudo alegremente. Nossa vida, especialmente a parte que
passamos na companhia dos outros, não deve ser triste e desanimada; não devemos
levar nossos aborrecimentos, nosso cansaço e melancolia que deprimem aqueles
que estão perto de nós e dependem de nós (João XXIII – Mensagens Diárias).
- No dia do Senhor (a empresa cristã) deve
parar os homens das máquinas e negócios temporais; devem realmente abster-se do
trabalho, não somente daquele “trabalho servil”,mas de outros trabalhos também,
porque tiram o descanso do espírito, que é necessário a fim de ser apto a se
elevar às coisas celestiais pela oração, a ter parte ativa na vida litúrgica da
Igreja, e a meditar a Palavra de Deus (João XXIII – Mensagens Diárias).
- O dizer comum, expresso de vários modos e
atribuído a vários autores, deve ser relembrado com aprovação: no essencial, a
unidade; na dúvida, a liberdade; em todas as coisas, a caridade (Ad Petri
Cathedram – João XXIII).
JUSTIÇA SOCIAL E ECONOMIA: - Somente o homem que tem fé e é
inspirado pela caridade pode elevar-se acima das misérias, das insignificâncias
e da malícia deste mundo; ao contrário, o homem que se deixa dominar pela
ambição do lucro ilícito, do orgulho, do ódio e da impureza, está condenado a
sofrer, primeiro aqui embaixo, porque não pode nunca estar satisfeito, e depois
no outro mundo (João XXIII – Mensagens Diárias).
-
O cristianismo condena com a mesma força tanto o comunismo quanto o capitalismo
selvagem. Existe uma propriedade
privada, mas com a obrigação de socializá-la em parâmetros justos. Um exemplo
claro é o que acontece com o dinheiro que vai para o exterior. O dinheiro
também tem pátria, e aquele que explora uma empresa no país e leva o dinheiro
para guardá-lo fora está pecando. Porque não honra com esse dinheiro o país que
lhe dá a riqueza, o povo que trabalha para gerar essa riqueza (Papa Francisco –
Sobre o Céu e a Terra).
- (Quando os dirigentes), que desenvolvem os esquemas econômicos de uma
(empresa) só se importam com o “Deus Dinheiro”, o “Deus Consumo”, e deixam de
ver o homem como questão última, essencial, chega-se ao capitalismo selvagem.
Na medida em que o capital sirva para ajudar o homem, bem-vindo seja, senão,
devem ser implementadas as correções necessárias a fim de traçar uma ordem
social justa (Abraham Skorka –Sobre o Céu e a Terra).
-
O pobre não tem que ser um eterno marginalizado. É imprescindível incorporá-lo
o quanto antes a nossa comunidade, com educação, com escolas de artes e
ofícios... Da maneira que possa progredir (Papa Francisco – Sobre o Céu e a Terra).
DAS PRÁTICAS CRISTÃS - A ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA.
As atividades da empresa devem se fundamentar numa concepção
de felicidade humana como algo que inclui o encontro pessoal com Deus.
A empresa deve pautar sua visão de mundo, suas decisões e suas
ações numa maneira de pensar que leve a sério a necessidade da vida espiritual,
do encontro pessoal com Deus, para a felicidade de todos os colaboradores e o
consequente êxito da empresa.
O ambiente de trabalho deve ser o campo da santificação
pessoal e comunitária, um dos campos em que a pessoa busca não apenas a sua
realização pessoal, mas também o serviço de Deus e de seu reino, para o bem de
toda a comunidade humana (Essa prática nasce da convicção de que somente assim
se pode ser feliz).
A vivencia de uma espiritualidade na empresa deve resistir
bravamente à transformação do próximo (empregado, colaboradores, fornecedores,
etc.) em simples meio de enriquecer.
Os empregados, também, não podem conceber os empregadores
como rivais apenas porque são empregadores. Todos serão felizes se dignificarem
o mundo do trabalho, do comercio e da economia, cumprindo seu trabalho como uma
verdadeira vocação.
Precisa-se: 1) evitar toda e qualquer operação ilícita,
mesmo que isso exija heroísmo; 2) apresentar uma ação real, combatente, para
extirpar toda injustiça estrutural e dinamismo desumano e alienante.
-- Compilação e redação de Genesio Vivanco Solano Sobrinho,
com aproveitamento de conclusões extraídas de trabalho publicado por Juvenal
Savian Filho, in Revista Bem Comum -
FIDES, nº 88 - 2007.
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