quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Em nome do Pai.


REMINISCÊNCIAS DE UMA INFÂNCIA FUTURA.
                                                                                    Genesio Vivanco Solano Sobrinho.

Oh! Que saudades que tenho/da aurora da minha vida,/ da minha infância querida/que os anos não trazem mais!/ Que amor, que sonhos, que flores,/naquelas tardes fagueiras,/ à sombra das bananeiras,/ debaixo dos laranjais!



Casemiro de Abreu guarda, bucolicamente, a imagem da infância que todos nós carregamos em nossa mente como dos melhores anos de nossa vida. Hoje eu entendo bem por quê?



Como tenho saudades dos anos em que sentia meu pai junto a mim, dando- me conselhos, ensinando-me a ser gente, a ver e enxergar.

 

Que amor, que sonhos!  Com ele aprendi o que era poesia, e seus versos ingênuos, falando de amor, com métrica acadêmica e rima conforme, depositaram-se em minha mente como sedimentos de generosa espiritualidade.



Enxergava, então, o mundo com olhos de amanhã; ouvia o murmurar do vento, com ouvidos de querer melhor; sentia o sabor da chuva como água benta de bem querer.



Hoje, a saudade supre a ausência, e me faz ciente de que meu pai não se foi em vão, não viveu sem razão.  Transmitiu-me a esperança que me faz acreditar no próximo. E no próximo eu vejo o Senhor, meu Pai.



Esperança essa que se encerra com o olhar para o futuro, vendo em meus filhos aquilo que quero mais, a Paz como verdade a ser conquistada.



Isso, meus filhos, é que precisamos perseguir, com nossas ações e orações, pois a vida é um eterno continuar. E então, temos que rever o que nos legado, para confiar que nossa infância querida, por obra do Pai e do Filho, há de voltar aos nossos corações, com os fluídos do Espírito Santo, e nas asas da poesia, que nosso amor ao próximo anseia espalhar.

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