SANTO AMARO, MEU AMOR.
Era 1.943 ou 1944, não posso me lembrar porque ainda criança, mas foi por aí que meus pais vieram para Santo Amaro, eu com 5 e meu irmão, Paulo, com 2 anos, mais ou menos. Meu pai, Jacob Vivanco Solano veio assumir a gerência dos então Armazéns Cibus, com estabelecimento na Alameda Santo Amaro, lembrando- me ainda de um de seus diretores, que residia aqui, Sr. Egisto. Também, pela minha pouca idade, não me lembro de sobrenomes da época. Fomos morar na casa de “pau a pique”, como diziam, situada na Rua Amador Bueno, nº 40, quase esquina da Paulo Eiró e Praça Floriano Peixoto, onde inclusive se situava o Armazém do “Seu” Abrantes. Por sinal, era ele o proprietário da casa alugada aos meus pais e onde hoje é o BRADESCO. Para encurtar a estória, foi nesse pequeno mundo entre o terreno da Barão do Rio Branco, onde eram armados os circos que faziam a alegria da molecada – como do Mazzaropi, do Simplício, e outros... – até o final da Amador Bueno, que terminava na várzea do Rio, eu não sabia o seu nome, de um lado, e o Largo Treze de Maio, pela Rua Direita, de outro, é que eu vivia meus sonhos infantis e voava mais que os pardais da Praça do Coreto. Nessa praça, ficava o Cine São Francisco, na “Rua Direita” (que bem após fiquei sabendo chamar-se “Capitão Tiago Luz”), o Grupo Paulo Eiró, na Campos Sales (hoje, Mario Lopes Leão, aliás onde se encontra a sede da ACSP), de frente para a SubPrefeitura (hoje a Casa Amarela) e daí descia a Rua da Feira (sabe que eu nunca consegui memorizar o nome do Tte. Cel. que lhe dá nome?). Ah! que saudades... Vou parar por aqui, para não correr o risco de chorar e, sobretudo, para não fazer concorrência ao meu querido amigo Roberto Pavanelli, o grande contador de causos desta magnífica urbe.
O que eu quero dizer, finalmente, é que amo Santo Amaro, desde aquele tempo, romântico, em que, criança de apenas seis anos, podia sair de nossa casa, na Praça Floriano, ir, sozinho, até a Padaria Brasileira, ali ao lado da Ótica Luz, já próximo a Matriz, buscar o pão da manhã e, quando o dinheiro dava, comer um pudim de pão, ou de leite, minha perdição.
Por isso, ao receber hoje esse troféu, sinto-me como aquela criança de minhas recordações, feliz, descalço, pulando pelas ruas poeirentas, que deixavam as botinas de nossos caipiras amarelas.
Hoje, pois, acrescento ao meu currículo aquele que para mim é o mais importante dos títulos, o de “cidadão de Santo Amaro”, que é o que representa, em verdade, para mim esse troféu “Botina Amarela”, com que o CETRASA – Centro de Tradições de Santo Amaro, presidido pelo Alexandre Moreira Filho resolveu me homenagear, o mais valioso de todos os que já recebi até aqui e ficará guardado numa campânula de amor dentro do meu coração.
Muito Obrigado.
Santo Amaro, 24 de junho de 2004.
Realmente é um orgulho ser Botina Amarela, parabéns por gostar tanto de Santo Amaro.
ResponderExcluirSou botina amrela com orgulho... Nasco no hospital zona sul... Há 42 anos atras. E amo Santo Amaro.. Minha terra!
ResponderExcluirSOU BOTINA AMARELA ,COM ORGULHO E AMOR ,AMO SANTO AMARO,NASCI NA LADEIRA AURORA ,NA CASA DA MINHA AVÓ MALVINA MENDES...VIVI ALGUNS ANOS NESSA RUA ,ONDE TODA A MINHA FAMÍLIA DE SANTAMARENSES VIVEU ATÉ QUANDO DEU PARA VIVER ,POIS DEPOIS "FOMOS DESPEJADOS" PELAS PESSOAS QUE VIERAM DE LONGE E NEM SABEM O QUE É SER SANTAMARENSE ,UMA PENA ...
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